Saimos cedo e resolvemos ir até Perito Moreno para passar a noite ou atravesar a fronteira e ir até Chile Chico, dependeria do horário que chegássemos em Perito Moreno, saímos cedo porque gostaríamos de visitar “La Cueva de Las Manos” no caminho, passamos por Gobernador Gregores para abastecer e tentar sacar dinheiro mas também não certo, o que acabou impossibilitando nossa visita a Las Manos, pois era necessário o pagamento “en efectivo”, como chegamos cedo em Perito Moreno resolvemos ir até Chile Chico mesmo, no caminho passamos por lugares lindos tanto na RN 40 com suas retas intermináveis como na Ruta 43 (Perito Moreno até o Chile).
Na fronteira foi tudo tranquilo, mas pela primeira vez, tivemos que tirar todas as malas da caçamba para passar no raio X, pensa num trabalho…
Chegamos em Chile Chico e demos uma volta pela cidade, vimos alguns hostels e acabamos ficando no Hotel Austral, a hospedagem era cara em muitos lugares e alguns eram bem esquisitos. A noite quando saímos para jantar haviam poucas opções e apenas uma aberta naquele horário, umas 19:30, o Restaurante Turístico. Enquanto esperávamos nosso Lomo a Lo Pobre, chegou no restaurante uma menina perguntado se podia usar o banheiro e depois sentou em uma mesa para usar a internet, ouvi ela pedindo e o garçom falando que era só para clientes, ela respondeu que estava esperando alguém, chegou nosso jantar.
No restaurante estávamos nós, uma outra mesa com dois homens jantando, a menina sozinha e o garçon, acabamos ouvindo a conversa deles, o garçom estava especulando de onde era, de onde veio e para onde iria a menina, como é normal neste tipo de situação entramos na conversa e acabamos falando que iriamos para Puerto Tranquilo no dia seguinte para iniciar nosso caminho na Carretera Austral, neste momento a menina solitária perguntou se poderia ir conosco… não havia espaço no carro, mas a Andreia se compadeceu da situação dela e acabamos dando um jeito, ficamos sem a geladeira para poder acomodá-la mas como estava frio mesmo isso não foi problema.
Ah!! O nome dela é Sharon, uma israelense de 24 anos que viaja sozinha pela América do Sul carregando uma mochila maior que ela, o que também não é tao difícil considerando o seu tamanho. Combinamos de nos encontrar no outro dia às 09 horas para seguir viagem.