23/07/2017 – Domingo despedida de Itaúnas e do Espírito Santo

Camping cheio é assim mesmo, muita pessoas chegando para dormir e muitas outras acordando ao mesmo tempo, e para os que foram dormir cedo, como nós, estava na hora de acordar, bom… a Andreia queria dormir mais um pouco mas conversamos e decidimos que sairíamos no mesmo dia para seguir viagem principalmente porque o camping, apesar de ser muito bom, estava com os banheiros meios sujos, devido a quantidade de pessoas que ali estavam, e estávamos querendo um banho quente. O destino do dia seria a cidade de Cumuruxatiba, indicada pela nossa amiga Rose. Nossos vizinhos já estavam desmontando suas barracas e ajeitando suas coisas, resolvemos fazer o mesmo. Tomamos nosso café e enquanto estávamos arrumando a barraca apareceu do nada um cidadão que não estava no camping, dando parabéns pelo nosso projeto, não lembro o nome dele mas está no face como “Dado Parle Poul”, também viajante e que estava instalado em Itaúnas a alguns anos, ele comentou que deveríamos ir para Cumuruxatiba “por dentro”, na estrada que ia pelo litoral passando pelo Riacho Doce, que a estrada estaria boa e que conheceríamos mais um pouco da região. Nossos vizinhos voltaram do café, nos despedimos e trocamos uma ideia sobre o roteiro sugerido pelo Dado, algumas fotos para guardar este encontro que tivemos em Itaúnas, com certeza nossa estadia foi muito melhor com a companhia deles.

Saímos e atravessamos a vila em direção à praia e sentido Riacho Doce, conforme nossa amiga Cristina havia nos falado o caminho estava marcado por alguma placas que foram feitas pelo Celsão, dono de uma pousada e restaurante em Riacho Doce, o caminho todo até lá foi tranquilo e as placas ajudaram muito mesmo.

Chegando no lugar um senhor veio conversar conosco, distribuir uns panfletos de uma pousada, muito simpático e conversador, sim era o Celsão, 69 anos e dono de uma vitalidade invejável, comentou conosco que a três dias estava indo até o festival em Itaúnas e ficado até as 05h da manhã, parecia ligado no 220V, falou da pousada, do almoço e nos deu a dica para chegar na praia. Seguimos para a praia até um estacionamento (R$ 10,00 para deixar o carro), alguns poucos metros de caminhada, sobe e desce duna e chegamos, andamos mais uns 500m até os quiosques, e o riacho doce, que descobrimos ser a divisa entre Espirito Santo e Bahia, na volta pegamos chuva e chegamos encharcados na Marukera.

Apesar de estar meio cedo ainda, resolvemos almoçar no restaurante do Celsão, ótima comida caseira, suco de manga e mais um pouco de conversa.

Depois do almoço ele fez a gentiliza de desenhar um mapa, muito bem detalhado, indicando um caminho que nos faria economizar 16km pelo labirinto que era a plantação de pinus que estávamos. Agradecemos muito o mapa, ou o GPC (Global Position Celsão) como ele mesmo falou…rs, sem o mapa seria meio que impossível sair dali sem ter que voltar por onde havíamos chegado, caminho tenso por entre os pinus.

Depois de alguns quilômetros chegamos na 101 novamente e seguimos, para Cumuruxatiba passamos por Prado e depois pegamos 30km de estrada de chão, muito, muito esburacada, levamos quase duas horas para fazer estes 30km.

 

Chegando na cidade fomos direto ao camping e descobrimos que estava fechado ou pelo menos não havia ninguém por lá, talvez por ser domingo a tarde sei lá… o fato é que isso acabou sendo bom porque choveu muito naquela noite. Vagamos pela cidade procurando um pousada pois o outro camping que havia não tinha lugar para a Marukera. Quando passamos em frente a uma pousada (Pousada Casarão) vimos dois carros parados no estacionamento e algumas pessoas, desci para pedir informações e conheci um pessoal de Minas Gerais, dois casais muito gente boa que nos ajudaram a entrar em contato com o responsável pela pousada e acertamos nossa estadia por lá mesmo. A Andreia conversou um pouco com as meninas, tomei uma cerveja com os piás e fomos cuidar da nossa janta, tínhamos ainda alguma coisa que sobrou do almoço de sábado, juntamos tudo com uns ovos fritos, jantamos, banho quente e cama.