Nos hospedamos bem longe da orla, mas hospedagem pra 3 pessoas por 50 reais compensa a distância, tomamos nosso café da manhã em casa e saímos cerca de 40 minutos depois, avistamos aquele mar azul, lindo e paramos num estacionamento para conhecer a Praia de Iracema, tinha muita gente, já era quase meio dia, eu não tinha dormido bem, há tempos que não sentia dores no estômago mas esta noite foi terrível, tenho intolerância a lactose provavelmente o bolo de leite ninho com brigadeiro me fez mal, mas é minha culpa eu abuso né. Na praia havia uma passarela e resolvemos passear por ela até o final para filmar e fazer fotos, a Sarah estava empolgada com a gopro fazendo seus vídeos e eu comentando com o Sandro que ela leva jeito, quando uma senhora nos chamou e disse que não era seguro andar com câmeras nas mãos ali, gostamos de seguir as dicas de quem conhece o local, por isso guardamos e continuamos o passeio…
A sensação térmica era de 36 graus, tinha muita gente na água, como pensamos que iríamos só passear na orla e conhecer uma feirinha que tinha ali (somente no sábado a noite) não colocamos biquini e a Sarah ficou frustrada por não poder entrar na água. Explicamos a ela que não faltaria praia pra tomar banho. Chegamos no final da ponte e como tinha bastante gente ali tiramos mais fotos.
Estávamos ali felizes tirando foto e comecei a notar que estávamos sendo observados, acho que a dica da senhora me deixou com medo, mas não custa nos precaver, disfarçadamente falei pro Sandro que estava me sentindo observada e ele disse que também notou que era melhor irmos, então guardamos nossos celulares e a gopro e fomos embora, próximo ao estacionamento havia um prédio em ruinas que destoava das demais construções. Nos chamou a atenção e ficamos tentando imaginar porque estaria assim.
O calor estava intenso, o sol bem forte e o fato de não ter dormido bem fez com que eu me sentisse mal, pedi pra me levarem pra casa e voltar passear mais, mas Sandro e Sarah, são muito parceiros e perderam seu domingo de sol pra cuidar de mim. Sandro fez almoço e lavou a roupa enquanto eu dormia no quarto com ar condicionado (sim uma casa com 2 quartos por pouco mais de 50 reais a diária). Depois do almoço, Sarinha foi dormir junto comigo, mais tarde eu já estava bem melhor. Assistimos um pouco de TV e conversamos muito sobre diversos assuntos polêmicos.
Quem me conhece sabe que sempre quis ser mãe, um dia terei meus filhos (sempre brinco que serão gêmeos). A Sarah não é minha filha, mas me ensina muito a amar de verdade, a colocar as prioridades dela antes das minhas e principalmente a entender o olhar de alguém que vive em uma época muito diferente da que vivi. Com ela aprendo o quanto é difícil ter filhos adolescentes, quantos conflitos eles vivem mas aprendo principalmente o quanto é gostoso e gratificante ver um sorriso, ou simplesmente um rostinho tranquilo dormindo ao seu lado. São sentimentos estranhos a mim, mas que estou aproveitando e curtindo bastante.