16/05/17 – Tchau Sharon

Assim como Coyahaique, Puyuhuapi também estava na rota como ponto para dormirmos enquanto passávamos pela Carretera Austral, o dia começou com chuva, como já estávamos nos acostumando, tomamos um café da manhã no hostel e saímos, passamos nas informações turísticas para tentar encontar um ônibus para a Sharon, pois iríamos voltar para Argentina por Futalefu e ela iria seguir na Carretera, tinha que estar em Santiago até o final do mês. O centro de informações turísticas estava fechado, então decidimos seguir até La Junta uma cidade vizinha e lá perguntar. Encontramos uma agência de viagem que não tinha ônibus naquele dia mas nos indicou outra agência, seguimos para lá e a Sharon desceu para perguntar.

A mulher informou que não era ali que ela pegaria ônibus mas que nesta cidade teria um custo de 13 mil pesos chilenos (aprox. R$75,00) enquanto que se ela fosse na Villa Santa Lucia (próximo vilarejo da Carretera Austral) ela pagaria mil pesos (aprox. R$5,00), a diferença era o que gastamos em hospedagem. O ônibus ia sair de Santa Lucia às 12h30 e já eram 11h15 tínhamos que correr pra conseguir levá-la a tempo. Deu certo, chegamos na Villa umas 12h10 e paramos pra pedir informações exatamente onde o ônibus passaria, já haviam 3 mochileiros ali esperando. Depois de 4 dias juntos, literalmente juntos, refeições, viagens, percebi que dar carona pode ser bem interessante, como toda convivência tem seu lado ruim, mas o que fica é a amizade formada, o conhecimento do outro e a compreensão de uma cultura bem diferente da sua. Ela estava agradecida e queria retribuir de alguma forma, por isso comprou empanadas que estavam ali na venda. Sandro e eu chegamos a olhar as empanadas mas estavam muito murchas, parecia que estavam fritas há uns 3 dias e não compramos por não ter coragem de comer, quando ela nos viu indo embora trouxe uma empanada pra nós. Ela comeu uma e o Sandro pegou a outra dizendo que iamos dividir, como eu estava de aparelho tive a desculpa de não poder escovar os dentes depois, mas me senti sendo mal educada. Sandro comeu tudo.

    

É fácil uma mulher parecer baixinha do meu lado, mas o mais intrigante é que ela era pequena mesmo e a mochila dela era quase do meu tamanho. Por vezes me referi a ela como a formiguinha. Bom precisamos dar tchau ne. Seguimos nossa viagem rumo a Futalefu aproveitando as paisagens lindas do Chile.  Pegamos a rota 231 no Km 0 no Chile até a fronteira com a Argentina onde passa a ser chamada 259.

                                                                        

Chegamos cedo em Futalefu e por isso decidimos seguir viagem até Esquel na Argentina, antes abastecemos a Marukera porque o diesel no Chile é bem mais barato, aliás tudo no Chile é mais barato que na Argentina. Esquel é uma cidade relativamente grande, enfim conseguimos encontrar um banco argentino que fizesse saque para extrangeiros. Ficamos uns 4 dias na Argentina sem dinheiro nenhum, em cidades pequenas onde muitas vezes não aceitam cartões, agora que conseguimos sacar ficamos mais tranquilos. Fomos procurar lugar pra ficar e encontramos uma pousadinha linda! Ao estacionar vimos como a Marukera tava suja…

   

Tínhamos combinado de jantar fora porque era tarde e estávamos cansados, mas ao ver aquela cozinha linda, tudo arrumadinho nos inspiramos, fomos ao mercado e eu fiz um nachos pra janta. Comemos e fomos dormir afinal amanhã chegaríamos a Bariloche.